Qual a importância da preparação das demonstrações para análise?


Olá, gente! Tudo bem?

Hoje iremos falar um pouco sobre a importância da preparação das demonstrações para análise

Pode-se dizer que o trabalho de um analista é dividido em diferentes etapas que vão desde a preparação e padronização das demonstrações financeiras até a análise dos dados e elaboração de relatórios. Então, a padronização das demonstrações é considerada a primeira fase do trabalho de um contador disposto a analisar as contas de uma empresa.

A padronização das demonstrações serve para preparar os demonstrativos para as análises propriamente ditas que serão feitas posteriormente. Esse exame e padronização das contas ajudam a atender as finalidades específicas durante a análise de investimentos ou do nível de endividamento da entidade, por exemplo. Pressupõe-se que a adaptação e realocação de algumas contas pode auxiliar o processo de análise gerencial das demonstrações.

Para isso, é imprescindível que o analista responsável por essa padronização conheça profundamente a natureza das contas que estão sendo estudadas. Ou seja, ele precisa conhecer a origem daqueles valores, o que eles representam etc.

Quem sabe, alguns de vocês estão se perguntando: "Por que iríamos fazer essa padronização das demonstrações, se já existem estruturas previamente autorizadas por lei para sua elaboração?". A questão é que, se formos analisar as diferentes empresas presentes no mercado, poderemos perceber que cada uma delas têm particularidades que precisam ser levadas em conta no momento de análise das contas contábeis. Sendo assim, a criação de um modelo comum para a padronização das demonstrações pode facilitar a visualização e interpretação dos dados.

A padronização inclui o agrupamento de algumas contas, o remanejamento para outros grupos de contas contábeis e o desmembramento de alguns saldos. Abaixo, iremos mostrar para vocês alguns exemplos de alterações que são mais usadas pelos analistas:

  • Caixa: Normalmente, essa conta é composta por dinheiro, vales e cheques. Sugere-se que o valor dos cheques pré-datados seja reclassificado para o grupo das contas a receber de clientes, pois representa um valor que ainda não está disponível para a empresa utilizar.
  • Duplicatas descontadas: Esses valores normalmente são apresentados como contas redutoras das duplicatas a receber no ativo circulante, mas que, devido a sua natureza, podem ser realocadas para o passivo circulante, visto que representam obrigações da empresa.
  • Despesas do exercício seguinte: Esses valores podem ser reduzidos do PL, visto que representam despesas que foram pagas antecipadamente que irão reduzir o resultado destinado à empresa no ano seguinte.
  • Ativo diferido: Os valores dessa conta também podem ser reduzidos do PL, caso se considerem uma postergação de despesas.
  • Resultados de exercícios futuros: O saldo dessa conta pode ser incorporado ao PL, junto com o saldo de Lucro/Prejuízos Acumulados, pois geralmente representa recursos próprios da empresa.
  • Custo dos Produtos: Durante a elaboração do fluxo de caixa, sugere-se que o valor da depreciação incluída no custo do produto seja apresentada separadamente, pois não representa, efetivamente, saída de dinheiro para a empresa.

Com essas alterações, deixamos os demonstrativos com uma estrutura mais enxuta para a análise, o que facilita a visualização dos grupos e a comparação com os dados de outras empresas.


Fontes: utilizamos como fontes para a elaboração dessa postagem as aulas ministradas pelo Profº Ricardo Juvenal e o livro "Análise de Investimentos e Demonstrativos Financeiros", da autora Camila Camargo (2007).



Então, conseguiram compreender a importância da padronização das demonstrações financeiras? Caso tenham alguma dúvida ou sugestão, entrem em contato conosco!
Abraços,
Equipe Contabilizando Educação

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